
Se por muito tempo o bumbum masculino era assunto proibido — ou, no máximo, motivo de piada entre amigos, hoje virou pauta séria nos consultórios estéticos. E não, não estamos falando só de academia ou calça jeans justa: a nova tendência é a harmonização glútea.
A discussão ganhou os holofotes recentemente quando Rodrigo Faro, em tom de brincadeira, exibiu no palco do “Dança dos Famosos” uma cueca com enchimento, usada para turbinar o visual. A cena divertiu a plateia, como também jogou luz sobre um desejo real de muitos homens: valorizar o próprio corpo de forma natural — sem truques ou memes.
De acordo com Danuza Alves, médica com experiência em preenchimento facial e corporal, a harmonização glútea é uma técnica que visa equilibrar as proporções dos glúteos com o restante do corpo. “Nos homens, o foco principal é o preenchimento, pois eles costumam ter menos celulite. Em alguns casos, usamos também a bioestimulação para combater a flacidez”, explica.
Ao contrário dos enchimentos de roupa íntima, os procedimentos personalizados entregam um resultado discreto e realista. “A grande exigência masculina é que ninguém perceba que foi feito. Os acessórios têm formato fixo e artificial. Já o preenchimento respeita o contorno corporal, inclusive para usar trajes de banho”, comenta.
E a busca por esse tipo de intervenção está crescendo. De acordo com a médica, muitos homens recorrem ao procedimento porque não conseguem, só com exercícios, atingir o volume ou a definição desejada. “É rápido — feito em cerca de uma hora no consultório — e o paciente volta à rotina no mesmo dia.”

A especialista, porém, alerta: é essencial ter expectativas reais e buscar profissionais habilitados. “Escolher um médico com CRM ativo, em clínica autorizada pela vigilância sanitária e com produtos aprovados pela Anvisa é o básico para garantir segurança e bons resultados.”
Se no universo feminino a projeção e as curvas definidas são bem-vindas, para os homens, a palavra de ordem é descrição. “Eles querem realçar o contorno, mas sem levantar suspeitas. Naturalidade é tudo nesse caso”, finaliza Danuza.
FONTE: METROPOLES