Noah Johnson, de 16 anos, ficou com sequelas graves após ter sido picado por uma aranha, nos Estados Unidos. Segundo familiares, o adolescente desenvolveu problemas renais, perdeu a capacidade de fala e segue em tratamento.

O caso aconteceu em junho deste ano. O rapaz, que tinha um emprego de verão em uma empresa de construção de cerca em Slater, no estado de Iowa, estava trabalhando quando sentiu algo “rastejando” nele. Segundo a mãe, Brandy Johnson, ele disse que simplesmente pulou e mais tarde notou que tinha uma picada na nádega esquerda.

Apesar do desconforto, ele saiu com os amigos naquele dia e dormiu na casa de um amigo. Quando retornou, contou para a mãe o que houve e que estava doendo. Ela avisou para ele ficar de olho e relatasse se piorasse. No entanto, em poucos dias, a picada inchou bastante. 

“O que começou como um pequeno ferimento rapidamente se tornou sério. Em poucos dias, a picada infeccionou”, conta a mãe na página de arrecadação de fundos online GoFundMe. 

Cerca de uma semana depois, ela o levou à uma unidade de saúde. Os médicos afirmaram que o ferimento era uma picada de aranha que infeccionou, mas não sabiam qual tipo era. Contudo, ressaltaram que as espécies que tinham na região não eram capazes de matar alguém. Foram feitos exames para possíveis bactérias e prescreveram antibióticos para Noah. 

Não houve melhora. À revista People, Brandy contou que o menino teve uma febre de 39º e já não conseguia mais andar; ainda assim, os médicos continuaram a mantê-lo em casa e prescrevendo antibióticos. Três dias depois, o quadro continuou o mesmo. A família o levou para o Centro Médico Mary Greeley, em uma cidade próxima, onde ele passou por uma cirurgia de emergência para extirpar as áreas infectadas. 

Na manhã seguinte, Noah foi diagnosticado com insuficiência renal e precisou ser transferido para um hospital infantil, em Des Moines. Ele foi colocado em diálise e passou duas semanas internado na UTI, onde perdeu 16kg. Segundo os médicos, os rins dele tiveram uma reação alérgica grave aos analgésicos que recebeu na primeira internação, além de que o adolesxente também teve uma infecção no intestino. 

“A cada dia que esperavam que ele pudesse melhorar um pouco, ele piorava. Era de partir o coração”, diz a tia do jovem, Chastity Schonhorst. “Ele lutou por semanas”.

Quase um mês após a picada, Noah teve forças para falar. “Ele achou que estava morrendo. [Me] disse: ‘Estou com muito medo’. Eu disse a ele: ‘Não há nada a temer. Você vai ficar bem’”, relembrou Brandy. 

Após a fala, a mulher disse que queria manter a mente do filho positiva “para continuar lutando”. Por isso, pediu para que a equipe médica apenas falasse coisas positivas na frente dele. Também pediu para levá-lo para um dia de sol, pois ele gostava de atividades ao ar livre. Segundo ela, no dia seguinte à saída, seus sinais vitais começaram a melhorar. 

Ele recebia visitas dos amigos no hospital. “Ele o apoiaram e isso o transformou. Percebemos a diferença nele só de ter os amigos lá”, diz Chastity. 

A família abriu uma página online para arrecadar fundos para custear os gastos médicos de Noah. Até o momento, já foram arrecadados 19 mil dólares (cerca de R$ 105,6 mil). Na última atualização, publicada na terça-feira, 22, Brandy afirmou que o rapaz recebeu alta e voltou para casa.

“Assim que seus rins voltaram a funcionar, tudo começou a melhorar. Foi uma jornada longa e exaustiva de 3 semanas, mas graças às suas orações, amor e apoio, finalmente estamos vendo a luz”, relatou.

FONTE: TERRA