
Fala, pessoas!
Mais uma semana, mais uma ótima oportunidade para aprendermos juntos um pouco mais sobre a língua portuguesa e assim deixarmos nossa comunicação mais ajustada.
Um dos vídeos mais assistidos do meu canal recentemente abordou uma dúvida clássica que gerou bastante discussão:
Fui eu que falei ou Fui eu quem falei?
O uso do pronome nessa estrutura específica causou muita confusão. Algumas pessoas juravam que o correto era usar apenas “que”. Outras, defendiam o uso exclusivo de “quem”. E ainda havia quem dissesse que ambas as formas estavam corretas.
E, de fato, a resposta correta é: os dois pronomes são aceitos nesse tipo de construção. Ou seja, tanto faz escrever:
- Fui eu que falei
- Fui eu quem falei
Ambas as frases são equivalentes em sentido e aceitas pela norma culta da língua portuguesa. Porém, há uma diferença sutil — e importante — na concordância verbal, dependendo do pronome que você escolher.
Quando usar o “que”
Ao utilizar o pronome “que”, o verbo que vem depois deve obrigatoriamente concordar com o sujeito da oração anterior. Observe:
- Fui eu que falei. (1ª pessoa + 1ª pessoa)
- Fomos nós que falamos. (1ª pessoa do plural + 1ª pessoa do plural)
- Foi ele que falou. (3ª pessoa + 3ª pessoa)
Ou seja, o verbo principal precisa estar sempre em concordância direta com o sujeito que o antecede.
Quando usar o “quem”
Já com o pronome “quem”, temos uma certa flexibilidade: O verbo pode concordar tanto com o sujeito anterior quanto com a 3ª pessoa do singular. Veja:
- Fui eu quem falei. (1ª pessoa + 1ª pessoa)
- Fui eu quem falou. (1ª pessoa + 3ª pessoa)
Portanto, ao utilizar o quem, você pode escolher entre manter a concordância com o sujeito anterior ou optar pela forma neutra na terceira pessoa do singular. As duas formas estão corretas gramaticalmente.
Conclusão
Tanto “fui eu que falei” quanto “fui eu quem falou” estão corretas. A escolha entre uma e outra vai depender do efeito que você deseja dar à frase — e da clareza que pretende alcançar. Com o pronome “que”, a regra é mais rígida. Com “quem”, há maior liberdade.
Se você quer mostrar domínio da norma-padrão e refinar sua escrita, entender esses detalhes faz toda a diferença!
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FONTE: VEJA