E se uma bomba nuclear caísse na Serra? Simulador mostra como seria o impacto

Simulador mostra efeitos de uma bomba nuclear na cidade da Serra, no Espírito Santo. Crédito: Divulgação

As tensões entre potências globais voltaram ao centro das atenções. A guerra entre Israel e Irã, os testes militares da China e os embates comerciais entre Estados Unidos e Brasil reacenderam o temor de uma nova escalada mundial. E em meio a esse cenário, um site ganhou destaque nas redes: o Nukemap, um simulador que mostra o impacto de bombas nucleares em qualquer cidade do mundo – inclusive na Serra, Espírito Santo.

Estados Unidos x Brasil: clima de atrito gera medo nas redes

Recentemente, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de até 50% sobre produtos brasileiros, atingindo diretamente o Espírito Santo, inclusive a Serra.

Embora o conflito seja comercial, o cenário geopolítico mundial inspira preocupação. Rússia, China, Estados Unidos e Irã mantêm arsenais nucleares ativos e tensões diplomáticas crescentes. Diante disso, a pergunta que viralizou nas redes não soa mais tão absurda: “E se uma bomba caísse aqui?”

Simulação na Serra: bomba nuclear dos EUA

Imagem ilustrativa: simulador mostra como seria impacto de bomba nuclear na Serra. Crédito: Divulgação

A equipe do Tempo Novo testou o Nukemap simulando a explosão de uma bomba W-87 — ogiva real do arsenal norte-americano, com potência de 300 quilotons, mais de 20 vezes superior à de Hiroshima.

epicentro foi colocado em Colina de Laranjeiras, o bairro mais populoso da cidade.

A bola de fogo vaporizaria instantaneamente bairros inteiros como Colina, Laranjeiras Velha, Barcelona e parte de Jardim Limoeiro.

onda de choque causaria colapsos em Morada de Laranjeiras, André Carloni, Feu Rosa e região de Serra-Sede.

A radiação térmica alcançaria bairros de Vitória, como Jardim Camburi, e áreas de Cariacica, provocando queimaduras de terceiro grau mesmo a quilômetros do ponto de impacto.

Detalhes do impacto da bomba:

  • Bola de fogo (1,3 km de raio): toda a região de Colina de Laranjeiras, parte de Laranjeiras Velha, Barcelona e Valparaíso seria vaporizada instantaneamente.
  • Radiação letal (2 km): atingiria bairros como Parque das Gaivotas e parte de Jardim Limoeiro. A morte por radiação ocorreria em poucas horas.
  • Onda de choque (4,5 km): colapsaria edifícios e causaria milhares de mortes em Morada de Laranjeiras, André Carloni, Feu Rosa e Serra-Sede.
  • Queimaduras graves (9 km): afetariam até regiões de Vitória, Jardim Camburi e parte de Cariacica.
  • Precipitação radioativa: dependendo do vento, partículas nucleares poderiam atingir Manguinhos, Praia de Camburi e Fundão em poucas horas.

O número assustador de vítimas

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Crédito: Divulgação

Segundo o simulador, mais de 150 mil pessoas morreriam na hora. Outras 400 mil ficariam feridas gravemente. O sistema de saúde do Espírito Santo entraria em colapso e áreas costeiras poderiam ser contaminadas por décadas, dependendo da direção dos ventos.

A estimativa é assustadora:

  • Mortes imediatas: entre 150 mil e 200 mil pessoas
  • Feridos graves: até 400 mil
  • Regiões contaminadas: boa parte da Grande Vitória

Um alerta sobre os riscos reais do mundo atual

Apesar de ser apenas uma simulação, o experimento revela o quão frágil pode ser a estabilidade global. Enquanto a tecnologia avança, os conflitos políticos entre as nações parecem retroceder décadas. A ferramenta serve como um lembrete brutal: num mundo com ogivas atômicas prontas para disparo, nenhuma cidade está realmente segura.

Quer testar com sua cidade? O simulador está disponível para qualquer pessoa no site. Basta escolher o local, o tipo de bomba e clicar em “detonar” para ver os efeitos.

FONTE: O TEMPO NOVO