HECI conscientiza sobre os sinais do AVC

O número de casos tem aumentado em pacientes com menos de 60 anos

Embora o Acidente Vascular Cerebral (AVC) seja pauta em todo o mundo no mês de outubro,
o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci) trabalha na conscientização dos sinais
do AVC a todo tempo. Isso porque o hospital é referência no atendimento, sendo o único a
ofertar acompanhamento ambulatorial pós-alta de AVC pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
em toda região Sul do Estado do Espírito Santo.


Segundo o neurologista do Heci, Dr. Waldemar Algemiro, o AVC é uma emergência médica e
exige atenção aos sinais. “Fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, principalmente
em um lado do corpo; boca torta ao falar; confusão mental; dificuldade na fala são os
principais sinais.”
No Brasil, a sigla SAMU ajuda a lembrar: Sorriso torto, Abraço fraco, Música
alterada (fala embolada) e Urgência.


“É uma doença grave, uma das que mais mata no Brasil, mas tem prevenção”, destaca o
neurologista. Em 2024, o Brasil registrou 85.065 mortes por AVC, mais que os 77.477 óbitos por infarto, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil. “O número de casos tem aumentado e muitos atendimentos são de pacientes abaixo dos 60 anos”, alerta Waldemar.

O que é o AVC?
O AVC ocorre quando vasos sanguíneos do cérebro se rompem ou entopem, causando a
paralisação da área afetada. É uma das principais causas de morte, incapacitação e internação
no mundo. Diagnóstico rápido e tratamento imediato aumentam as chances de recuperação.
Por isso, reconheça os sinais e acione o SAMU pelo 192.

Há dois tipos: o isquêmico, causado pela obstrução de uma artéria que impede o fluxo de
oxigênio, e o hemorrágico, provocado pelo rompimento de um vaso com sangramento
cerebral.

Fatores de Risco
O AVC pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em idosos e está ligado a fatores
como hipertensão, tabagismo, diabetes, obesidade e sedentarismo. É fundamental ter
consciência desses riscos e adotar hábitos saudáveis para prevenção.

Tratamento
No Heci, o tratamento com trombolítico é oferecido nos casos de AVC isquêmico que chegam
até 4,5 horas após o início dos sintomas, para tentar desobstruir a circulação cerebral.
“O hospital conta com equipe multiprofissional especializada, incluindo cinco neurologistas,
residentes, clínica médica, pronto-socorro, UTIs, neurocirurgia e assistência multiprofissional
(enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, farmácia clínica, serviço social e psicologia),
garantindo atendimento completo’’,ressalta.

Acompanhamento ambulatorial
Pacientes vindos do Sistema Único de Saúde(SUS) atendidos no Heci por AVC recebem
acompanhamento no ambulatório de neurologia após a alta hospitalar.

“O ambulatório é fundamental para oferecer cuidado especializado, ajustando o tratamento conforme a evolução e a causa. O objetivo é garantir reabilitação, prevenir novos episódios e promover a reintegração dos pacientes,” finaliza.