Nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, o Espírito Santo comemora os 490 anos da Colonização do Solo Espírito-Santense, uma data que marca o início da ocupação portuguesa em território capixaba e também celebra o aniversário de fundação do estado e do município de Vila Velha.

A data faz referência à chegada do donatário Vasco Fernandes Coutinho à então Capitania do Espírito Santo, em 23 de maio de 1535. Enviado por meio de uma Carta Régia do rei de Portugal, D. João III, Vasco Fernandes Coutinho desembarcou próximo ao Morro do Moreno, atual município de Vila Velha, na caravela batizada de “Glória”, acompanhado por uma comitiva de cerca de 60 homens.

A chegada dos portugueses não foi pacífica. Os colonizadores encontraram forte resistência dos povos indígenas que habitavam a região, desencadeando conflitos e dificultando a fixação dos europeus no local inicialmente escolhido. Por conta dessas dificuldades, o donatário decidiu transferir a sede da capitania para um outro ponto do território, inicialmente denominado “Vila Nova”, para diferenciá-lo de “Vila Velha”, o primeiro núcleo de ocupação.

Com o tempo, após a expulsão dos indígenas da região, a Vila Nova passou a ser chamada de “Vila de Nossa Senhora da Vitória”, origem do nome da atual capital capixaba, Vitória.

A colonização do Espírito Santo foi parte de um processo mais amplo de ocupação do território brasileiro pelo sistema de capitanias hereditárias, implementado pela Coroa Portuguesa no século XVI, como estratégia para proteger e explorar economicamente as novas terras.

Hoje, 490 anos depois, o Espírito Santo se orgulha de sua rica história, marcada pela diversidade cultural, pelo desenvolvimento econômico e pelas belezas naturais que atraem visitantes de todas as partes do país e do mundo. Vila Velha, o município mais antigo do estado, também comemora seu aniversário, sendo símbolo vivo das origens capixabas.

As celebrações nesta data são, portanto, uma oportunidade para relembrar a trajetória histórica do povo capixaba, desde os primeiros desafios da colonização até a construção de uma identidade própria, que valoriza tanto suas raízes indígenas quanto a herança portuguesa.

Redação Folha do ES