Quando começará a valer a nova gratuidade na conta de luz? Entenda medida

Segundo o Ministério de Minas e Energia, medida provisória (MP) será enviada ao Congresso na segunda quinzena de maio

Medida provisória (MP) estabelece isenção do pagamento de energia elétrica para até 60 milhões de pessoas Medida provisória (MP) estabelece isenção do pagamento de energia elétrica para até 60 milhões de pessoas • Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil -

A medida provisória (MP) que estabelece isenção do pagamento de energia elétrica para até 60 milhões de pessoas será enviada ao Congresso Nacional na segunda quinzena de maio, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Prazo para texto ser aprovado é de até 120 dias, caso prorrogado – a MP possui início imediato.

A proposta de gratuidade foi apresentada em abril, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O ministro prometeu realizar a isenção da conta de luz através da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica.

Nesta terça-feira (6), Silveira informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a MP. A expectativa é de que o texto seja enviado ao Congresso Nacional na próxima semana, quando o presidente retornar ao Brasil.

Quando a isenção deve começar a valer

A medida provisória (MP) para isenção do pagamento de energia elétrica será enviada ao Congresso Nacional entre 15 e 30 de maio, segundo o Ministério de Minas e Energia.

Por se tratar de uma MP, o prazo para o texto ser aprovado é de até 60 dias e pode ser prorrogado por igual período. Caso não seja votado dentro desse prazo, a medida perde validade.

Além disso, a medida provisória possui início imediato e, portanto, começaria a valer por volta de setembro deste ano, caso enviado até o final deste mês e aprovado pelo Congresso Nacional.

Entenda a proposta

A proposta do governo federal estabelece desconto integral na conta de luz para consumidores que consumam até 80 kWh por mês e atendam aos seguintes requisitos:

  • Famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo per capita;
  • Pessoas com deficiência ou idosos inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • Famílias indígenas ou quilombolas do CadÚnico.

De acordo com a proposta, o consumidor somente vai pagar o que ultrapassar o limite de 80 kWh.

A tarifa social atende atualmente cerca de 40 milhões de pessoas, com descontos de até 65%. Famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico que atendam aos requisitos têm desconto de 100% até o limite de consumo de 50 kWh por mês.

A MP também estabelece a isenção do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para as famílias com renda mensal de meio a um salário mínimo inscritas no CadÚnico.

Além disso, a medida determina que, a partir de 2026, os consumidores de baixa tensão — residenciais e pequenos comércios — possam escolher a fonte da sua energia. A ideia é que essa abertura seja escalonada, começando no fim do próximo ano.

O custo para estimado para a medida é de mais R$ 3,6 bilhões anuais. Silveira disse que os recursos não devem vir do Tesouro Nacional.

FONTE: CNN BRASIL