Mulher fica praticamente cega após fazer 13 'estrelinhas'

Deborah Cobb, de 42 anos, ficou com a visão embaçada após o exercício; ela tratou o problema, mas ficou com sequelas permanentes

Mulher fica praticamente cega após fazer 13 'estrelinhas' nos EUA Foto: Pixabay -

A americana Deborah Cobb, de 42 anos, ficou praticamente cega após fazer 13 “estrelinhas” –também conhecidas como rodas de ginástica– na areia de Westport, no estado de Washington, nos Estados Unidos, quando tinha 19 anos. Hoje, ela possui a visão de uma pessoa de 80 anos

Ao jornal britânico The Guardian, Deborah contou que é apaixonada por ginástica desde a infância e que tinha o hábito de fazer o movimento sempre que encontrava um espaço aberto. Então, em um dia ensolarado em maio de 2022, repetiu a prática sem pensar nas consequências.

“Fiz 13 vezes seguidas e depois caí na gargalhada. Mas, ao olhar para minha amiga, não conseguia ver seu rosto –só uma mancha laranja. Minha visão periférica parecia normal, mas eu não via os detalhes”, contou.

Mesmo sabendo que havia algo diferente em sua visão, Deborah minimizou o episódio e continuou aproveitando o dia na praia. Ela chegou a brincar, dizendo que talvez precisasse fazer o movimento na direção contrária para “reorganizar o cérebro” –mas a alegria durou pouco. Com o passar das horas, a visão embaçada piorou, e ela passou a não conseguir enxergar sinais simples na rua.

No dia seguinte, diante da piora, o padrasto de Deborah a levou às pressas a um hospital. No pronto-socorro, os médicos identificaram um dano solar nas retinas, resultado da exposição solar intensa à luz solar refletida na areia enquanto fazia as ‘estrelinhas’.

Mais tarde, em uma consulta oftalmológica, Deborah descobriu que vasos sanguíneos haviam se rompido na mácula, a região central da retina responsável pela visão detalhada. Ela descreveu o quadro como “uma gota de tinta” que bloqueava totalmente sua visão –um quadro grave. 

Durante os três meses seguintes, Deborah não pôde dirigir, estudar nem ver televisão e precisou de ajuda até para tarefas simples. Com o tempo, o sangue na mácula foi reabsorvido e a visão central, parcialmente recuperada, mas a lesão deixou marcas permanentes.

Deborah desenvolveu uma degeneração macular precoce, condição geralmente associada ao envelhecimento –por isso possui uma visão de alguém com 80 anos. A avó dela contou que um parente distante teria enfrentado problema parecido, o que pode indicar que a questão tenha origem genética.

FONTE: TERRA