Capivara atropelada na BR-101 é resgatada na Serra

Animal recebeu atendimento emergencial e foi transferido para centro de reabilitação em Aracruz, onde segue em recuperação monitorada

Uma capivara jovem, de cerca de 35 kg, foi resgatada após ser atropelada no km 273,6 da BR-101, na Serra, durante o feriado da última sexta-feira (18). O animal foi encontrado com escoriações e sangramentos por equipes de tráfego da Ecovias 101, que acionaram o resgate especializado da clínica veterinária Sauvage, conveniada à concessionária.

Segundo o médico-veterinário Renzo Soares, que participou do atendimento, a capivara apresentava sinais de traumatismo craniano e ferimentos na região bucal. “Ela foi estabilizada ainda no local, com contenção, analgesia e avaliação dos sinais vitais, antes de ser levada para a clínica em Vitória”, explicou.

Durante os primeiros dias de tratamento, o animal apresentou melhora progressiva, conseguindo inclusive ficar de pé, o que indicou boa resposta neurológica. Na terça-feira (22), a capivara foi transferida para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CEREIAS), em Aracruz, onde terá espaço adequado para continuar sua recuperação e readaptação ao ambiente natural.

A bióloga Grazielli Melo Pena, da Ecovias 101, acompanhou o resgate e destacou a importância da atenção dos motoristas em áreas de fauna silvestre. “Atropelamentos são frequentes em rodovias que cortam zonas naturais. Capivaras costumam se locomover em grupo, então ao ver uma, é possível que outras estejam próximas”, alerta.

A recomendação é redobrar a atenção, especialmente em trechos próximos a corpos d’água e vegetação. Evitar ultrapassagens em locais de risco, manter a velocidade permitida e comunicar a concessionária ao encontrar animais feridos ou mortos na via são atitudes que podem salvar vidas. O telefone de contato da Ecovias 101 é 0800 770 1101.

O caso da capivara na BR-101 é um exemplo do trabalho de monitoramento e resposta rápida de equipes especializadas na proteção da fauna silvestre, atuando para minimizar os impactos da malha viária sobre os animais nativos do Espírito Santo.

FONTE: ES360