
Dorival Júnior foi demitido da função de técnico da seleção brasileira na tarde de sexta-feira (28) e a Confederação Brasileira de Futebol corre contra o tempo, à procura de um substituto. Jorge Jesus é um dos nomes cotados. E deseja o cargo.
Contra o treinador existiria um obstáculo: Neymar, que estaria chateado por ele ter dito, quando ainda no Al-Hilal, treinado pelo português; que o camisa 10, hoje no Santos, não estava em condições de jogo. O atleta passou mais de um ano parado por lesão.
“Não tenho nenhum problema com Neymar”, disse ao blog Jorge Jesus. Mas fez uma ressalva. “Nenhuma seleção ou clube pode ficar dependente de jogadores.” Declarações bem características do treinador que fará 71 anos em 24 de julho.
Quarto colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026, o Brasil volta a jogar em 4 de junho, como visitante, contra o Equador. No dia 9 do mesmo mês, recebe o Paraguai, invicto há oito jogos, em quinto, mas com a mesma pontuação dos brasileiros.
O Al-Hilal segue na Liga dos Campeões da Ásia, jogará em casa no dia 25 de abril contra os sul-coreanos do Gwangju. Caso chegue à final, ela está programada para o estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita, em 3 de maio. O time de Jesus está em segundo no campeonato nacional, que termina em 26 do mesmo mês.
Portanto, uma rescisão teria que ser negociada com o clube árabe, para que ele o deixasse antes do Mundial de Clubes da Fifa, que começa em 14 de junho, nos Estados Unidos. Assim, o técnico estaria livre para comandar a seleção brasileira em junho.
Jesus estará à frente do time da CBF nesses jogos? “Ninguém falou comigo até hoje”, completou o treinador. O tempo corre e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, terá que decidir. Na Arábia Saudita, certamente o celular do português segue de bateria cheia.
FONTE: MAURO CEZAR PEREIRA – UOL