
Por meio das redes sociais, o deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB) anunciou o que chamou de “denúncia grave”: o planejamento de uma onda de invasões de propriedades no Espírito Santo por uma organização nova, ainda sem nome e sem bandeira.
O parlamentar foi duro em sua fala, pois obteve informações de que o movimento está sendo articulado por uma pessoa que está sendo processada pela Justiça, em Aracruz, por estupro.
De acordo com Mazinho, na última segunda-feira (11) houve uma reunião num sindicato em Vitória, onde o grupo tem se encontrado regularmente, quando começaram a ser definidas as táticas para as ocupações.
“É um movimento clandestino, que planeja espalhar o terror no Norte e Noroeste do Estado. Alegam ter 150 famílias prontas para promover invasão de terras nos municípios de Montanha, Barra de São Francisco, Pinheiros, Pedro Canário, Jaguaré, São Mateus e Nova Venécia, bem como na Serra, na região Metropolitana”, disse Mazinho.
O deputado oficiou ao governador Renato Casagrande, à Secretaria de Segurança Pública e à Superintendência da Polícia Federal para evitar essa ação que ele chamou de “terrorismo no campo”, e obteve informações até mesmo de que o grupo pretende ocupar assentamentos já estabelecidos, do MST, para assumir sua liderança.
“O grupo quer tomar o assentamento Ondina Dias, em Nova Venécia, e também o Índio Galdino, em Jacupemba. E anuncia que vai receber reforços de Minas Gerais e da Bahia, onde têm sido frequentes os conflitos envolvendo índios e supostos índios, invadindo terras e submetendo famílias, muitas delas, no sul daquele Estado, de capixabas”, observou.
O deputado do PSDB capixaba disse, ainda, que os métodos do movimento clandestino “se assemelham às organizações criminosas de traficantes de drogas que tomam territórios de outras organizações e sua tática é a de guerrilha rural, inclusive planejando deslocamentos por vias secundárias, para fugir da fiscalização da Polícia Rodoviária Federal e do cerco eletrônico da Secretaria de Segurança”.
O deputado se manifestou também sobre a ocupação de terras da Suzano Celulose na manhã desta quinta-feira (13), em Vila do Riacho, Aracruz. “Não podemos permitir que esses movimentos incendeiem novamente o Espírito Santo, levando intranquilidade a quem produz”, disse Mazinho.