Mulheres em situação de violência doméstica no Espírito Santo passam a contar com uma nova política de inclusão no mercado de trabalho. A partir de agora, 8% das vagas geradas por contratações públicas envolvendo o governo estadual e o federal serão destinadas a essas mulheres.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (27) durante uma solenidade na sede do governo estadual, em Vitória, que contou com a presença da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e do governador Renato Casagrande (PSB).
Como funcionará o programa
De acordo com a ministra, caberá à Secretaria de Estado das Mulheres a tarefa de cadastrar as vítimas de violência doméstica. Esses dados serão enviados ao governo federal, que incluirá as mulheres inscritas nos contratos públicos selecionados.
Segundo o termo de cooperação técnica firmado entre os governos, as vagas atenderão prioritariamente mulheres pretas e pardas, seguindo as proporções demográficas registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o programa também contempla mulheres trans, travestis e demais integrantes do gênero feminino.
“É uma fonte de recursos para as mulheres, uma forma de garantir a independência financeira dessas mulheres. É, também, uma maneira de acolhimento”, destacou a ministra Esther Dweck.
Ações além do emprego
Além de assegurar as vagas no mercado de trabalho, o acordo prevê a articulação de políticas e ações para acolher essas mulheres, oferecendo qualificação técnica, apoio psicossocial e acompanhamento especializado.
Por razões de segurança, os nomes das beneficiárias e seus postos de trabalho serão mantidos em sigilo, preservando a privacidade das vítimas.
Com essa iniciativa, o Espírito Santo se torna pioneiro na inclusão de mulheres em situação de vulnerabilidade nos contratos públicos.
FONTE: ESPÍRITO SANTO NOTÍCIAS