
Pesquisa Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) divulgada nesta 5ª feira (27.mar.2025) mostra que 57% dos eleitores consideram que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, “não seria” um bom presidente em 2026, enquanto 40% disseram que ele “seria”.
O levantamento ouviu 2.500 pessoas de 20 a 25 de março. A margem de erro estimada é de 2 p.p. (pontos percentuais) para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95,45%. O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, não foi testado.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 49 anos, “não seria” um bom chefe do Executivo para 47% dos entrevistados. Outros 35% pensam o contrário –ele fica atrás só de Lula (com 40%).
Tarcísio, embora negue em público, é sempre citado como principal nome para concorrer à presidência em 2026, por causa da inelegibilidade de Bolsonaro.
Na outra ponta, o coach e influenciador Pablo Marçal, 37 anos, que foi candidato à Prefeitura de São Paulo em 2024, “não seria” um bom presidente em 2026 para 77% dos eleitores.
POPULARIDADE EM QUEDA]
Lula não conseguiu estancar a piora nas taxas de aprovação do seu governo e em outros indicadores. Quase tudo ficou um pouco pior de janeiro para março, embora as oscilações estejam dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento do PoderData foi realizado de 15 a 17 de março. Mostra que o governo é desaprovado hoje por 53% dos eleitores. A taxa oscilou para cima em 2 pontos percentuais em 2 meses. No mesmo período, a aprovação variou de 42% para 41%.
A Secom (Secretaria de Comunicação) do Palácio do Planalto tem dito em conversas reservadas que a queda da aprovação teria sido estancada. Pelos resultados do PoderData, isso ainda não fica claro. Nos últimos 2 meses, sob orientação do marqueteiro Sidônio Palmeira, Lula tem tentado ser mais espontâneo em seus discursos.

Com a desaprovação em alta há alguns meses, como mostram as curvas do gráfico acima, Lula no final de 2024 havia atribuído a baixa do índice à falta de comunicação do governo. Demitiu o então chefe da Secom, Paulo Pimenta. O novo titular, Sidônio Palmeira reformulou a estratégia e decidiu que seria bom o presidente falar mais.
A ideia é que o próprio Lula pudesse divulgar o que considera realizações do governo. Como mostrou o Poder360, o método não se mostrou eficaz. O presidente acabou cometendo mais gafes, com frases em alguns casos consideradas preconceituosas. Apesar disso, a avaliação do Planalto é que o prejuízo com as controvérsias é compensado pelos resultados positivos da exposição de Lula.