O govwernador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) não se constrange em fazer uma aliança com a Senadora Rose de Freitas (MDB) alvo da Operação Corsários que desmontou uma organização criminosa comandada pela emedebista para praticar corrupção na CODESA. Eles pagavam boletos de imóveis da Senadora e despesas pessoais com dinheiro público do Porto.

Quebras de sigilos e buscas na operação demonstraram que ela e sua família tiveram crescimento patrimonial ilícito, com aquisição de apartamentos de luxo em Vila Velha e no Rio de Janeiro, na badalada Barra da Tijuca. Sua filha estilista Giulia também tinha suas despesas e aluguel custeado pela mãe. Só de aluguel era cerca de R$ 10 mil reais. Há e-mails comprometedores. 

Casagrande perdeu a vergonha. Por conviver com tantos escândalos e operações em seu governo, perdeu o tato e a sensibilidade republicana. 

Se não está envolvido nesses escândalos do governo, no mínimo tem "dedo podre" na escolha dos aliados, como bem disse o jornalista Vítor Vogas.

No governo Casagrande, seu Presidente do Banestes foi preso pela PF. Seu Subsecretário foi afastado pela PF por compra superfaturada de álcool em gel na pandemia. Seu Secretário da Fazenda Rogélio Pegoretti preso pelo GAECO do MP por corrupção na pasta. Ele ficou dois anos no comando das Finanças estaduais e movimentou mais de R$ 5 milhões de reais na sua conta corrente, 16 vezes o seu salário anual. 


O "dedo podre" de Casagrande agora aponta Rose de Freitas, alvo da operação Corsários da PF, como sua candidata a Senadora. Curioso é que Casagrande teria à disposição nomes melhores para apoiar, como o ex-Secretário de Segurança Coronel Ramalho, que se apresenta competitivo e com boa reputação. Mas o tal "dedo podre" do Governador fala mais alto.

O inquérito da Operação Corsários corre em sigilo no STF, com o Ministro Kássio Nunes, que aceitou pedido da PF e mandou prender o irmão e primo de Rose (Edward Dickinson de Freitas e Ricardo Saiter). Por pouco não decretou a prisão da Senadora, mas ela foi alvo de buscas e apreensão em sua residência.

A parlamentar ainda é investigada por desviar parte do salário de assessores no gabinete, a famosa rachadinha, por ordem da Ministra do STF Carmen Lúcia. A sua chefe de gabinete no Senado de nome Suzy Barbosa coordena esse esquema no gabinete para ela.

Rose se revela uma política terminal, com alta rejeição e em fim de carreira, pontuando muito atrás de Magno Malta e Sérgio Meneguelli. Prova do descaso da Senadora com o Estado é que seu 1º suplente é empresário de São Paulo e foi escolhido por ela em troca de dinheiro. Não tem lógica alguma um cargo de Senador pelo Espírito Santo ter um empresário de São Paulo como suplente. Pastore, como é conhecido, defende seus interesses pessoais e empresariais, que passam pelo seu Estado. 

Rose de Freitas, mais uma vez, brinca com a inteligência da sociedade capixaba em prol de seus interesses particulares.

 

Ainda tem a lavanderia da "Mansão de Aracruz" e "Pen Drive", um tipo de batom na cueca no contexto político.