A militância do Partido dos Trabalhadores (PT) do Espírito Santo está frustrada e indignada. Com razão. Não disputam nas eleições atuais cargos majoritários. O acordo com o PSB de Casagrande, imposto de cima para baixo, retirou a possibilidade do partido crescer no território capixaba, ficando sem candidatos ao Governo e ao Senado.
O senador Fabiano Contarato e a professora Célia Tavares, ambos lideranças do PT, tiveram que se retirar de cena sem direito ao esperneio desde quando Lula e Alckimin formaram chapa, em acordo costurado com as candidaturas de São Paulo, Logo, o PT capixaba virou um pedinte nas escadarias do Palácio Anchieta.
A ganância do governador Renato Casagrande por se reeleger, colocando um tucano de ocasião como vice, o ex-senador Ricardo Ferraço, e hipotecando apoio à reeleição da senadora Rose de Freitas (MDB), pode ser um tiro no pé. No cenário atual, o socialista é o Golias, mas tem um Davi por ai. Não escapará do segundo turno.
A única e última vez que o PT governou o Estado foi com Victor Buaiz, em 1994.