Republicano também criticou o procurador especial que apura a existência de interferência russa nas eleições de 2016

Para o presidente americano, Donald Trump, os deputados democratas que querem investigar seus negócios e finanças são "doentes", em discurso em que também disparou críticas ao procurador especial, Robert Mueller, que apura a existência de uma interferência russa nas eleições de 2016.

 

Nesta quinta (28), ambos entraram com um pedido para que o Departamento de Estado investigue Michael Cohen, ex-advogado do presidente, por cometer perjúrio no Congresso.

 

Em depoimento na quarta (27), Cohen acusou Trump de montar uma rede mentiras envolvendo seus negócios com a Rússia e pagamentos irregulares para silenciar uma ex-atriz pornô que diz ter tido um caso com o republicano.

 

O público conservador presente riu e passou a pedir a prisão da democrata. "Eu estou rindo, eles estão se divertindo, e então a fake CNN e outros dizem: 'ele pediu à Rússia para conseguir os e-mails."

 

No discurso, Trump também criticou Mueller, sobre quem disse ser uma pessoa que "nunca recebeu um voto".

 

"A pessoa que indicou Robert Mueller [o subsecretário de Justiça Rod Rosenstein] nunca recebeu um voto", disse. "Então o secretário de Justiça é fraco e pouco efetivo e não faz o que deveria ter feito."

 

O presidente afirmou ainda que vai assinar uma ordem executiva exigindo que as universidades apoiem a liberdade de expressão."Se eles [as instituições de ensino] querem nossos dólares e nós damos a eles bilhões, eles vão ter que deixar as pessoas falarem."

 

Trump vem de uma semana ruim. Na quarta, em depoimento marcado por embates com congressistas republicanos, Cohen acusou o presidente americano de mentir sobre negócios na Rússia durante as eleições e sobre pagamentos para silenciar mulheres com quem teria tido um caso.

 

No depoimento, Cohen afirmou que o presidente sabia que Roger Stone, conselheiro político de Trump, estava conversando com Julian Assange sobre a publicação de emails do Comitê Nacional Democrata que prejudicaram Hillary Clinton, adversária do republicano em 2016.

 

A certificação garante acesso a documentos classificados como secretos e, no caso do genro de Trump, ultrassecretos, como briefings elaborados por órgãos militares para conhecimento do presidente.