Acontece, nesta terça- feira (6.dez), a audiência do primeiro de uma série de julgamentos contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Acusada de associação criminosa e improbidade administrativa, ela pode ser condenada prisão, mas não deve cumprir a sentença, que pode chegar a 12 anos, pois tem foro privilegiado.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público do país, Cristina teria supostamente beneficiado o empresário Lázaro Báez, na província de Santa Cruz, com cerca de 51 obras rodoviárias — muitas delas inacabadas — e fraudes em detrimento da administração pública.

 

Para receber o dinheiro da propina, Cristina e seus filhos Máximo e Florência Kirchner tinham uma empresa chamada Los Sauces S/A, que fingia alugar propriedades para declarar à Receita Federal a origem do dinheiro ilícito.

 

Ainda segundo a denúncia, Báez e outro empresário conhecido, Cristóbal López, teriam pago diárias a um hotel de Kirchner mesmo sem ter se hospedado no local.

 

Além desse processo, a vice-presidente enfrenta outras cinco ações judiciais por alegada corrupção, desde a utilização irregular de aviões presidenciais ao pedido de propina a empresários na troca de adjudicação de obras públicas.

 

Kirchner afirma se tratar de uma perseguição política e midiática contra ela e nega as acusações. No Twitter, afirmou já ter sido julgada  e sentenciada pelo “pelotão de fuzilamento midiático-judicial”.