O governador Renato Casagrande (PSB) foi um dos primeiros anunciados vencedores em primeiro turno nas últimas eleições. Teve tranquilidade para fazer a transição e conduzir o processo político, assim como a composição do secretariado e da Mesa Diretoria da Assembleia Legislativa do Espírito Santa.

Entretanto, o socialista não se valeu da sua força política para desnutrir os adversários que já eram e que, ainda, vão se apresentar. Os perdedores e os ganhadores. Apesar de cuidar bem do PSB, seu partido de coração, o partido nunca teve força, sozinho, para o enfrentamento em eleições majoritárias.

Não haverá sobressalto no primeiro ano. É lua de mel. A maioria dos políticos precisa da máquina para criar musculatura com expectativa nas eleições de 2020, disputando ou apoiando aliados. É o chamado quebra mola de teste para o líder maior de qualquer Estado. Ter-se-á ideia ano que vem desses indícios.

Conclusão: o Poder Legislativo Estadual poderá se tornar um serpentário para o governador. A partir do segundo para o terceiro ano de gestão, as cobras serão reveladas e separadas das com cabeças arredondadas, não venenosas, das triangulares, letais. Está excluída desse ninho a Mamba Negra, ex-governador Paulo Hartung (sem partido), que tem grande influência sobre nesse ofiúco.