Ao final da audiência pública, o vice-prefeito Jonas Nogueira (PP) repreendeu duramente o Secretário de Governo, Weidson Ferreira após a fala deste de que o pepista sempre teve as portas abertas pelo prefeito Victor Coelho (PSB) para transitar em quaisquer secretarias.

A confusão teve origem na revelação do vice-prefeito, na utilização dos dez minutos da audiência pública, de que a Agersa teria exigido dele por escrito pedido de informação para ter acesso à planilha de custos, considerado estranho por ele.

O secretário de Governo pediu também 10 minutos para encerrar a audiência à mesa coordenada pelos vereadores Antonio Geraldo (PP) e Renata Fiorio (PSD). Nas ponderações sobre a pauta do transporte público, Weidson rebateu a fala do vice prefeito.

"O vice prefeito sabe muito bem que as portas sempre estiveram abertas para ele transitar em qualquer órgão do governo do prefeito Victor Coelho (PSB). O vice prefeito sabe disso, que ele tem caminho aberto para participar da decisões do Governo", retrucou Weidson.

A colocação do secretário de Governo agitou o vice a ponto de replicar em tom mais áspero, quase em dedo em riste, no microfone, em público, chamando Weidson de mentiroso. "O senhor sabe muito bem que não é assim que funciona. No privado é bem diferente", ressalta.

"Eu sei das minhas atribuições. Quando substitui o prefeito na viagem que vocês fizeram à China, em visita do deputado federal Marcos Vicente (PP) não apareceu um secretário sequer por ordem de vocês. Então, o senhor não falte com respeito ao vice prefeito, tentando me constranger com essa fala de portas abertas", atacou.

O secretário ouviu a repreensão e calou-se, com alguns gritos de ordem seguidas de palavras de baixo calão em insulto ao representante do prefeito. Foi um cenário surrealista para quem estava presente. Foi um escracho! 

O jornalista que assina esta matéria ligou hoje (13), pela manhã, para saber do Secretário de Governo se aquela discussão significava o rompimento  entre o vice e o governo, a ligação caiu na caixa postal e não houve retorno. 

Como o fato foi público, não era difícil interpretar o clima difícil para o secretário e o prefeito, considerando que Jonas Nogueira foi ovacionado ao se apresentar contra a proposta assinada por Victor Coelho, em regime de urgência, autorizando o subsídio na tarifa de transporte coletivo em R$ 0,15.