Com participação massiva de populares, vereadores, líderes comunitários e do representante das empresas de ônibus que operam em Cachoeiro de Itapemirim-ES, Eduardo Carlette, a Audiência Pública, realizada hoje (12) à noite esclareceu vários pontos da necessidade para evitar o colapso no sistema de transporte coletivo urbano.

Na apresentação inicial de 30 minutos, Eduardo mostrou em gráfico, números e projeções financeiras a necessidade do subsídio, culpando a desoneração tarifária por culpa política da gestão do PT. Ele provou o desequilíbrio provocado no passado, com diminuição da tarifa e litígio para conseguir obter preço justo, posteriormente, na Justiça.

A Agersa, Agência Reguladora, se fez representar com técnicos, além de lideranças comunitárias. A inciativa do pedido foi encabeçada pelo vereador Antônio Geraldo (PP) e pela vereadora Renata Fiório (PSD), com apoio de todos os demais parlamentares. Todos presentes puderam se manifestar arguindo e fazendo ponderações.

O vice-prefeito, Jonas Nogueira (PP), deixou claro que não apoia aprovação de pronto do subsídio de R$ 0,15 sob alegação de maior transparência da necessidade desse repasse ao transporte. Em toda sua fala enfatizou estudos que diferem dos apresentados pelo Executivo e da Agersa. Contudo, reconhece que o subsídio tem respaldo legal.

O secretário de Governo Weidson Ferreira fez as considerações finais sobre o tema - com boa didática - de que se trata de uma pauta negativa, mas necessária ser apresentada , agora, com responsabilidade. Disse que o prefeito está aplicando transparência em todos os seus atos e que o governo não foge de seus deveres, referindo-se da parte da Prefeitura sobre construção de abrigos, rotativo e mobilidade urbana.

Ao final, com muitas reclamações de usuários sobre abrigos e horários de ônibus, ficou a sensação de que a Câmara Municipal vai aprovar o subsídio e acompanhar em fiscalização a implantação da mobilidade urbana apresentada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano. 

O presidente do Sindicato dos Motoristas, conhecido como Serjão, simplificou a necessidade do subsídio em defesa dos funcionários da empresa da Flecha Branca que estão com os salários atrasados, mantendo a posição firme sobre essa questão social diante da crise econômica que ainda tem afligido os brasileiros.

O Secretário da Fazenda, Rogélio Pegoretti, demonstrou tranquilidade ao esclarecer que o Município é quem tem todo controle sobre o subsídio, que pode ser diminuído, readequado e extinto em qualquer tempo, deixando claro não trata-se de camisa de força financeira me desfavor do contribuinte.

Eduardo Carletti, representando o transporte coletivo de Cachoeiro, foi convincente na sua explanação (fotos Diego Araújo)