Ex-governador do Ceará e candidato ao Planalto nas eleições de 2022, Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quinta-feira (18/8), que Dilma Rousseff (PT) “afundou o Brasil”, e que Jair Bolsonaro (PL) “agrava a crise”.

A declaração foi dada durante participação do pedetista no ciclo de debates com candidatos à presidência da República promovido pela Associação Comercial de São Paulo.

Em discurso na abertura do evento, Ciro teceu críticas aos governos anteriores. O pedetista afirmou que a crise econômica pela qual o país passa foi provocada pela gestão de Dilma Rousseff. Para o cearense, Jair Bolsonaro não foi responsável pelo problema, mas ajuda, agora, a agravá-lo.

“Dilma afundou o Brasil, essa crise que está aí. Bolsonaro agrava, mas não é o responsável por ter construído. Apenas prometeu que ia consertar e está repetindo mais do mesmo”, opinou.

 

O candidato também fez críticas a outros ex-presidentes e aos escândalos de corrupção do país nos últimos anos. Para Ciro, o cenário provocou a descrença da população na democracia.

“Será que não está evidente que a por esse caminho a certeza do fracasso está dada? A cada passo disso a crise vai se tornando mais profunda, mais grave. O que está acontecendo no seio do povo é a perda na crença da política, na democracia”, afirmou.

Polarização

Durante o discurso, Ciro também criticou a polarização política e o comportamento dos candidatos diante deste cenário.

“As pessoas estão dissolvendo seus laços de amizade, famílias estão brigando na internet com uma coisa de ódios que estão apartando a nação brasileira e nos impedindo de refletir coletivamente, cada um com seu ângulo, sua ideologia”, disse.

O candidato seguiu fazendo críticas a Bolsonaro e Lula, principais nomes da corrida eleitoral neste ano. “Os campeões das pesquisas que infernizam a vida brasileira se recusam a debater. Simplifica-se a questão brasileira em um jogo de personalidades”, afirmou.

“Não quero ser presidente do Brasil contemporizando que a única forma de presidência é transformá-la em um valhacouto (refúgio) de marginais, os mesmos de sempre”, pontuou.