O acolhimento da denúncia do Tribunal de Contas do Espírito Santo, órgão fiscalizados dos atos públicos, sobre possíveis ilícitos no processo licitatório para contratação de carros fumacê, é apenas um sinal da linha tênue em que se contra o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim-ES, Victor Coelho (PSB), entre a aparência da honestidade e a marginalidade.

O Tribunal de Contas, além de acatar a denúncia de possível fraude, recomendou suspender, imediatamente, os serviços dos veículos fumacê e notificar o prefeito sobre suas responsabilidade como Chefe do Executivo. Pode-se considerar como alerta de sinal amarelo para a governança do prefeito e seus assessores.

O prefeito ao não apresentar postura de executivo, pois a delegação de poderes aos secretários mais próximos, como ao secretário de Governo, Weidson Ferreira, que, por sua vez, controla os demais secretários do seu núcleo de confiança, pode turvar a imagem do comandante eleito.

A administração socialista em Cachoeiro-ES está dividida em dois grupos. Os compromissados com o prefeito e os subservientes exclusivos ao Secretário de Governo. Enquanto Vitor Coelho não se indignar sobre sua posição, um quadro na parede, a Espada de Dâmocles  a qualquer momento se descola do fio que, por enquanto, não rompeu.

Trata-se de um processo em cadeia. De uma conclusão do Tribunal de Contas se transforma em ação do Ministério Público até acatamento da denúncia pelo Judiciário. E ao final, a despeito desses assessores com excesso de atribuições, Victor Coelho pode se ver sozinho e sem caneta para escrever os sonhos de um nova história para os cachoeirenses.