Enquanto o pré-candidato ao Governo do Estado, Renato Casagrande (PSB), se movimenta como pré-candidato desde março, oficialmente, o seu principal adversário, governador Paulo Hartung (MDB), opta pelo silêncio sobre a pauta eleitoral.

Castigado pelo compromisso de governar, Hartung opera num sentido dicotômico, separando os compromissos oficiais e institucionais da sua possível e futura inserção no pleito, produzindo apenas eco no mercado político da sua decisão derradeira ou inicial.

Pontua-se que este silêncio tem valor de ouro. Confunde sua base aliada e gera probabilidades com margem de erro e acerto ao gosto do movimento opositor.

A partir de 5 de julho os governantes não podem mais fazer entregas de obras, logo Hartung já não agirá somente como gestor, mas como pré-candidato ainda que permaneça calado, com direito a discursar em reuniões não oficiais.

Do dia 20 a 5 de agosto são as convenções partidárias. Ele pode tentar administrar os correligionários dentro deste hiato. 

Aposta-se que seu silêncio tem valido ouro, porque o principal concorrente não se distanciou a perder de vista. Hartung, pelo caminhar, deverá fazer uma campanha curta e letal, prevendo o segundo turno. 

Sabe que está condenado a disputar a eleição. Se recusar, será lembrado como "covarde", sem mencionar a perseguição sucessória. Só falta mensurar o significado do seu "sim" em termos percentuais para cima ou para baixo.