O governador do Espírito Santo Paulo César Hartung Gomes (MDB) apesar de ter concorrido para a prática do crime de gestão temerária no Banco do Estado do Espírito Santo - Banestes, que dentro alguns dias estará fora do cargo, vai deixar no banco um empréstimo descoberto de R$ 57 milhões (valores de 2007), liberado quando ele era chefe do executivo estadual em 2007. 

 

O empréstimo, cuja autorização ocorreu na residência oficial da Praia da Costa em Vila Velha, foi assinado pelo Hartung, pelo o vice-governador Ricardo Ferraço, pelo secretário de estado do Planejamento, Guilherme Dias, pelo presidente da Assembléia Legislativa, Guerino Zanon e pelo representante da empresa beneficiada e golpista Infinity Bio-Energy, o diplomata Sergio Schiller Thompson Flores que depois que pegou o dinheiro, nunca mais foi visto no Espírito Santo.

 

Misteriosamente a empresa faliu no final de 2007 e o banco sofreu o maior golpe dos seus mais de 80 anos de história. O golpe causou prejuízo ao patrimônio dos correntistas, investidores e poupadores do Banestes, que vão ter que pagar essa conta se o governo não cobrir o saldo devedor. O Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes não conseguiu e nem vai conseguir receber neste mandato, os R$ 57 milhões (valor de 2007) emprestados ao Infinity, com sede nas Ilhas Cayman, no paraíso fiscal do Caribe, nos mares da América Central.

 

Na Assembléia Legislativa do Espírito Santo - ALES o golpe dos R$ 57 milhões contra o Banestes, chegou haver as manifestações dos deputados estaduais Marcelo Santos, Gilsinho Lopes e Freitas com as propostas de se abrir a CPI do Golpe no Banestes. Porém as manifestações (discursos), dos parlamentares que estão registrados nos anais da Casa de Leis não foram adiante e com isso, nenhuma CPI foi aberta.

 

Então, de acordo com especialistas no assunto, o presidente financeiro do banco e demais diretores da instituição bancária (de 2007), inclusive que confirmaram (via e-mail) que o banco havia sido vítima da empresa Infinity, podem ser inclusos no processo (caso algum dia seja aberto), porque tiveram participação decisiva na prática do crime de gestão temerária. Eles expuseram desnecessariamente os bens de terceiros a riscos reais e objetivos (os correntistas, investidores e poupadores do Banestes).

 

Curiosamente, não existem ainda investigações e muito menos aberturas de processos do Golpe dos R$ 57 milhões no Tribunal de Contas do Espírito Santo – TCES; no Tribunal de Contas da União – TCU; no Ministério Público do Espírito Santo – MPES; no Ministério Público Federal no Espírito Santo – MPF-ES; no Banco Central e nem nos judiciários (estadual e federal). E pelo andar da carruagem, o governador eleito José Renato Casagrande (PSB), é quem vai segurar essa ‘bananosa’ a partir de 1º de janeiro de 2019.