O Governo do Espírito Santo tem uma linha do tempo suja de sucessivos escândalos que envergonham os capixabas e contribuintes. São denúncias que derrubaram secretários, agentes públicos e macularam instituições. Com a máquina aparelhada, vários outros casos de corrupção foram e estão sendo abafados.

Um dos mais indecentes registros foi a prisão do então diretor-presidente do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), Vasco Cunha Gonçalves. Ele tomou posse num dia, a convite do governador Renato Casagrande (PSB),  e foi preso no outro em função dos fatos tornados públicos na operação 'Circus Maximus'.

O caso

Vasco Cunha foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga supostas fraudes no Banco Regional de Brasília (BRB). A instituição era presidida por Gonçalves até janeiro deste ano. Renato Casagrande era, também, antes de se eleger governador, um dos conselheiros da instituição financeira.

As informações são do jornal Folha de São Paulo. Segundo o jornal, ao menos R$ 16,5 milhões em subornos foram pagos a dirigentes do BRB para que eles liberassem recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco sem passar por análise técnica adequada.

Fazenda

No mês passado, o ex-secretário da Fazenda é preso por suspeita de participar de fraude milionária no ES. Rogélio Pegoretti Caetano Amorim foi preso durante a Operação Decanter, deflagrada pelo MPES e pela Sefaz. A ação visa a desarticular suposta organização criminosa composta por empresários, contadores, 'laranjas' e também agentes públicos.

Saúde

No mês de março, ingressando o ano, a Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (17), a Operação Volátil II, que investiga os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude licitatória no Espírito Santo. De acordo com a PF, a fraude licitatória foi comprovada.

Após a deflagração da primeira fase em 2021, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na Grande Vitória, uma ordem de afastamento da função pública de um ocupante de cargo comissionado do governo do Espírito Santo e o sequestro de bens e valores na ordem de R$ 6 milhões que incluem imóveis, veículos e valores em contas bancárias em nome dos investigados.

PEN DRIVE

Este caso pode ser considerado o mais escandaloso da história do Espírito Santo. Pen Drive vazado da Empresa DAHUA comprova corrupção na licitação do cerco eletrônico do DETRAN de R$ 139 mi. Um escândalo! O Pen Drive é do Diretor da empresa Fábio Lopes e do Gerente de Engenharia Lucas Kubaski

O Pen Drive da empresa DAHUA foi vazado e comprova o esquema fraudulento da licitação do Detran-ES, da ordem de R$ 139 milhões, que envolve diretamente o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). O caso pode ser considerado um dos maiores escândalos de um Governo de Estado, com montagem de edital pela própria empresa e pagamento de propinas.

Há também e-mails dos diretores da empresa convidando uma outra, de nome Radar VELSIS, para participar dessa organização criminosa, antes da licitação ser aberta. O Consórcio “Pedras Verdes”, liderado pela empresa DAHUA, foi o vencedor. Carta marcada com timbre milionário e digital de corrupção.

Este escândalo, nacional, com repercussão internacional, ainda vivo em várias instâncias, foi abafado pela procuradora-geral, Luciana Andrade, que timbrou de "provas ilícitas", sem considerar o interesse maior da coletividade. 

ASSÉDIO SEXUAL

Hoje, 22, a FOLHA DO ES deu com exclusividade o escândalo envolvendo o Secretário da Agricultura, Mário Louzada, em assédio sexual e moral, até agressão, denunciados por servidoras da pasta, o que levou à sua exoneração do cargo, publicada com data do de sexta-feira, 19.

OUTROS

O sentimento de impunidade ainda deixam impunes denúncias como milícias digitais produzidas pela Secretaria de Comunicação; possíveis fraudes no Fundo Soberano com direcionamento de recursos; Obras superfaturadas no DER-ES; Lavagem de dinheiro de toda ordem, como o caso da Mansão de Aracruz, envolvendo primeiro e segundo escalão do Governo do ES. Ações de improbidades e enriquecimento ilícito na cúpula da CESAN.

As relações incestuosas entre instituições favorecem a ausência de punibilidade no grau mais exigente da lei. A imprensa independente continua fazendo a sua parte. A qualquer momento, mais escândalos vão jogar luz aos seus protagonistas.