O responsável pelo sistema de monitoramento das câmeras de segurança da Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física (Aresf), onde o Marcelo Arruda foi assassinado pelo policial penal Jorge Guaranho, foi encontrado morto no município de Medianeira (PR) neste domingo 17 de julho a 50 km de Foz do Iguaçu. 

A polícia acredita que o segurança Claudinei Coco Esquarcini, 44 anos, cometeu suicídio. O corpo foi encontrado de baixo de uma ponte na região central da cidade com marcas de impacto por 'queda violenta'. 

De acordo com as investigações, o acesso às imagens do sistema de segurança da associação eram administradas por Claudinei Coco Esquarcini que era também diretor da Aresf e participava de grupos do Whatsapp juntamente com integrantes que possívelmente eram amigos íntimos do autor do assassinato. 

O policial penal teria visto às imagens do aniversário do petista pelo celular de um dos presentes no churrasco que também acontecia na cidade. As imagens do da festa com a temática do Lula e do PT teriam motivado Jorge Guaranho a sair do churrasco e seguir em direção ao local onde estava Arruda. Ele teria ligado uma música alta com mensagems pró-Bolsonaro e iniciado a provocação antes de voltar armado e disparar contra o petista dentro da festa. 

Claudinei Coco Esquarcini era diretor da Aresf e participava de dois grupos do Whatapp onde as imagens das câmeras de segurança da festa foram possivelmente compartilhadas até chegarem ao conhecimento de Jorge Guaranho. 

A defesa da família de Marcelo Arruda solicitou hoje (18) junto à Justiça Criminal de Foz do Iguaçu a apreensão do celular de Esquarcini, já que o nome dele já havia sido citado pelo presidente da Aresf, Antonio Marcos de Souza, em depoimento à Polícia Civil.

Investigação

A delegada Camilla Cecconello, responsável pelas investigações, ao divulgar a conclusão do inquérito, disse que Jorge Guaranho tomou conhecimento da festa durante um churrasco em que participava. Testemunhas disseram à polícia que uma pessoa presente no churrasco que Guaranho estava tinha acesso às câmeras de segurança da Aresf. 

A delegada disse à época não acreditar que a pessoa com acesso às câmeras “não mostrou por maldade” e que a dona do celular estava abalada após se informar sobre o crime.