Um homem foi preso sob suspeita de ter iniciado incêndio que consumiu a favela do Cimento, na Radial Leste, na noite de sábado (23).

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) da gestão João Doria (PSDB), o homem foi detido na madrugada deste domingo (24) por suspeita de atear fogo em uma das casas. Um galão de 20 litros vazio também foi encontrado no local. O nome do homem preso não foi divulgado.

Um homem não identificado foi internado em estado grave com queimaduras na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital particular Salvalus, na Mooca, às 20h30, uma hora depois do início do fogo na comunidade.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 19h30 e foi controlado às 22h. O incêndio aconteceu horas antes de uma reintegração de posse ser cumprida pela PM na favela, que terminou de ser desocupada pela manhã. Segundo o hospital, um boletim de ocorrência foi registrado e o corpo da vítima, enviado para o IML (Instituto Médico Legal).

A vítima foi vista por moradores desabrigados correndo em direção ao hospital. Ele estaria muito machucado, segundo testemunhas ouvidas.

Nenhuma delas conhecia o homem, descrito como um "senhor entre 40 e 50 anos". Até a manhã de hoje, a prefeitura e a PM divulgavam que o incêndio não havia deixado mortos ou feridos.

Revoltados com a reintegração do local, moradores chegaram a bloquear, com barricadas, a Radial Leste no sentido centro na noite de ontem, minutos antes do início do fogo. Eles foram contidos pela Força Tática da PM.

Ao mesmo tempo, outras pessoas se encaminhavam para outra ocupação, na rua do Hipódromo, a duas quadras da favela. Foi nesse ínterim, logo após o incêndio e ainda sob a tensão do protesto, que agentes da Força Tática começaram a circular nas ruas dos arredores e, segundo relatos, atacaram pessoas que se deslocavam entre as duas favelas.