Por mais de cinco horas, o impressor gráfico Gersialdo Melquíades de Oliveira percorreu hospitais e endereços de Suzano atrás de notícias de seu filho, Samuel Melquíades Silva de Oliveira, aluno da escola estadual Raul Brasil, palco de um massacre que terminou com dez mortes na manhã desta quarta-feira.

 

Como o menino estava sem o RG, demorou para ser identificado. Gersialdo só recebeu a informação da morte de seu filho por volta das 15h, no centro de acolhida aos familiares montado pela prefeitura de Suzano, instantes antes da coletiva de imprensa que anunciou o nome das vítimas.

 

As buscas começaram no começo da manhã, quando o impressor recebeu um telefonema de sua sogra contando sobre o ataque a tiros na escola, por volta das 10h.

 

Acionou toda a família e, durante boa parte do tempo, recebeu informações desencontradas dos órgãos públicos.