O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES), com apoio do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), informam que mais um integrante de facção criminosa foi preso em decorrência da Operação Comando, deflagrada na terça-feira (19/02). Jonas Paulo da Silva Júnior, conhecido como JP, foi preso na quarta-feira (20/02), em um hotel de Jardim América, Cariacica. Com ele foi apreendida uma pistola Glock .380 municiada. Oito pessoas continuam foragidas.

 

A investigação, instaurada pelo Gaeco do MPES, tem como objetivo desarticular a atuação de facção criminosa no Espírito Santo, bem como colher provas das atividades criminosas dos integrantes dessa organização. As diligências iniciaram-se em junho de 2018 e permitiram colher evidências suficientes para que os promotores de Justiça envolvidos na investigação conseguissem decisão favorável do Juízo da 2ª Vara Criminal de Cariacica para o cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão.

 

Na terça-feira, data da deflagração da operação, a Polícia Militar prendeu quatro integrantes da fação investigada: Matheus da Silva Pires, o Balão ou Coroinha; Wilson Silva Almeida, o Diboa; Natanael Silva de Matos, o Natan; e Mirian da Conceição Ramos, a Mika.

 

Já Railon Januário Gomes, que não era alvo da operação, foi preso em flagrante. Ele foi flagrado praticando crime de tráfico de entorpecentes em associação com os demais investigados. Os presos foram encaminhados para presídios da Grande Vitória.

 

Por questão de estratégia, duas pessoas foram presas antes da ação principal: no dia 14/02 (quinta-feira), foi preso Alcimar Borges Nascimento, o Cacoal, em Ponta da Fruta, Vila Velha. No dia 18/02 (segunda-feira), os policiais prenderam Francisleny do Nascimento Sal, o Fran, em Coqueiral de Itaparica, também em Vila Velha.

 

Outras seis pessoas alvos da Operação Comando e integrantes da facção investigada já estavam presas por envolvimento em outros crimes.

 

Fotos da Operação

 

Drogas e armas

 

Durante a operação, foram apreendidos milhares de pinos vazios para acondicionamento de cocaína, material para preparo de droga (ácido bórico, cloridrato de lidocaína, comprimidos de cafeína e rolos de papel), R$ 5.800 em espécie, buchas grandes de maconha, pedras de crack, papelotes de cocaína, 27 telefones celulares, munições de diversos calibres (380, .40, .44, .32 e 9mm), um revólver calibre 22, um revólver calibre 32, cadernos com anotações do tráfico, carregador de pistola, luneta com mira telescópica e outras provas relativas à facção criminosa investigada.

 

As provas colhidas até o momento permitem concluir o êxito da operação. Na avaliação do MPES, são suficientes para oferecimento de denúncia em face dos investigados pelo crime de participação na organização criminosa, sem, ainda, descartar a possibilidade de a denúncia, após análise de todo o material probatório produzido, ser acrescida dos crimes de tráfico, associação para o tráfico, dentre outros.

 

Cinco membros do MPES, seis delegados de polícia, dez escrivães, 20 agentes do Nuroc e 104 policiais militares participaram dos trabalhos de deflagração da fase ostensiva da Operação Comando e atuaram na prisão e condução dos investigados, busca e apreensão de documentos e objetos, realização de oitivas dos detidos e análise da documentação e dos aparelhos eletrônicos apreendidos.