Uma mãe de Rio Bananal, faz campanha para encontrar doador de medula óssea há cinco anos para salvar a vida da filha que nasceu com um caso raro de anemia, a síndrome de Blackfan-Diamont. 

Encontrar uma pessoa compatível tem sido o objetivo da família desde que a doença foi descoberta.

O transplante de medula óssea é apontado por médicos hematologistas como única solução para curar a síndrome. Isso porque, na anemia de Blackfan-Diamond, a medula óssea, que é responsável pela produção de células, não funciona direito e o organismo deixa de produzir glóbulos vermelhos, células dos sangue responsável por transportar o oxigênio pelo corpo humano.

Sem o funcionamento adequado dessa célula, a Mayara, que tem 5 anos, precisa fazer transfusão de sangue periodicamente. De três em três meses, a mãe dela, Patrícia Preciosa leva a criança para fazer o tratamento em São Paulo. "É o único jeito para manter ela de pé e ativa”, declara a mãe.

Para sustentar as idas a outro estado para as transfusões, a mãe já fez um pouco de tudo: de pedido de doação de brindes para rifas no comércio, a faxinas e produção panos de pratos bordados e pintado, e pudim. Patrícia contou que a comunidade sempre foi receptiva e nunca se negou a ajudar a família.

A comunidade também embarcou no pedido da mãe para fazerem exames para serem doadores de medula óssea. Dessa forma, Patrícia espera aumentar as chances de encontrar alguém compatível com a menina. Essa compatibilidade costuma acontecer uma a cada 100 mil habitantes.

Compatibilidade

Foi por essas campanhas da família de Mayara que a lavradora Fátima Guarnieri se tornou doadora de medula óssea. Para a surpresa dela, Fátima foi compatível com uma pessoa que precisava de doação a mais de 2 mil quilômetros de distância.

"Eu fiz o teste por causa da campanha de doação para a Mayarinha, mas fui compatível com uma pessoa lá de Recife (PE) e fui para lá doar”, disse a lavradora.

Sobre a surpresa da compatibilidade da amiga com uma pessoa do estado do Pernambuco, Patrícia declarou que tem fé em Deus.

"Eu creio e tenho muita fé em Deus de encontrar. Eu creio até em um milagre de Deus, mas enquanto isso, a gente via continuar correndo atrás e pedindo as pessoas para se cadastrar para ser também como a Fátima e salvar uma vida”, revelou a mãe.

Como doar

O cadastro de doador de medula óssea pode ser realizado por qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos que esteja com boa saúde. O procedimento pode ser feito em qualquer unidade do Hemoes.

No estado são cinco pontos de cadastro: São Mateus, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Serra e Vitória. O doador preenche um cadastro e é recolhida uma amostra de sangue.


Hemocentros

 

•Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes)
Tel. 3636-7900/7920/7921- Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe, Vitória. Funciona de segunda-feira a sábado, das 07 às 17h30;
 

•Unidade de Coleta a Distância da Serra
Tel. 3338-7880/3338-7373. Avenida Eudes Scherrer Souza, s/n (anexo ao Hospital Estadual Dório Silva). Funciona de segunda-feira a sexta-feira das 7 às 12h30;
 

-Hemocentro de Linhares


Tel. (27) 3171-4361/4363/4362 - Avenida João Felipe Calmon, 1.305, Centro (ao lado do Hospital Rio Doce). Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30;


•Hemocentro Regional de Colatina


Tel. (27) 3177-7930 - Rua Cassiano Castelo, s/n, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30;
 

-Hemocentro Regional de São Mateus


Tel. (27) 3767-4135 - Rodovia Otovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.