Assim como aconteceu com a famigerada Reforma Administrativa no primeiro ano de gestão - que virou colcha de retalho e cheio de vícios - , o mesmo promete acontecer com o aguardado Plano de Cargos e Salários da governança de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Estão anunciando desde junho, com direito a nota oficial do Sindicato, por meio do seu presidente Professor Jonatham, com aquiescência de um dos seus comparsas no projeto, o secretário de Governo, Weidson Ferreira, até agora o tema é um espectro administrativo.

Um dos motivos do retardamento, segundo conversas nos corretores do Palácio Bernardino, são as eleições. Com receio das polêmicas anunciadas, a discussão poderia implicar em desgaste não somente para a administração como para aliados que disputam o pleito.

A verdade não divulgada é que o teto fiscal para gasto público com funcionalismo já está no sinal vermelho, batendo a casa dos 50%, o máximo é de 54% permitido em lei. Logo, para fazer uma tentativa de maquiar uma reposição dos salários dos servidores da ordem de 60%, a gestão deverá aguardar até o final do ano.

Plano de Cargos e Salários, a obra inacabada de oito mãos

A expectativa devastadora será eliminar contratados e comissionados em quantidade que se possa apresentar algo, além de terceirização de serviços nas áreas da Educação e Saúde, malabarismo que ficará ao longe da esperada reposição salarial e ainda com efeitos cascatas comprometedores para o futuro pela falta de gordura para queimar.

Anunciaram o que não vão cumprir e, ainda, talvez, seja a causa do maior desgaste no terceiro ano de gestão quando o tema passar pela apreciação do funcionalismo, da Câmara de Vereadores e da própria sociedade quem pagará engenharia tão enigmática.