“A primeira coisa que lembro ao acordar foi o cheiro do meu filho”, diz Amanda da Silva, 28, que entrou em coma durante o parto e acordou 23 dias depois quando o bebê, que ela ainda não conhecia, foi trazido para perto dela na UTI da Maternidade-Escola Assis Chateubriand, em Fortaleza, Ceará.

 

Segundo a enfermeira Fabíola de Sá, que teve a ideia de colocar o bebê em contato com a mãe para que ela reagisse, Amanda começou a chorar copiosamente antes mesmo que ele fosse colocado sobre seu peito.

 

“Foi antes do contato com a pele.  Já sobre o peito dela, coloquei os braços dela envolta dele e então ela começou a produzir leite”, diz.

 

Amanda conta que foi “a sensação mais espetaculosa” de sua vida. “A primeira imagem que tive foi de sua cabecinha. Ele era exatamente como eu imaginava”, conta. “Acordei e não saia a voz. Quando meu pai falou que eu já estava há quase um mês lá não acreditei. Foi muito difícil”, completa.