A cafeteria Objeto Encontrado, na 102 Norte, em Brasília, denuncia que tem sido alvo da ação de vândalos, motivados por questões políticas. Os ataques, segundo os proprietários, têm ocorrido desde o resultado das eleições para a Presidência da República, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como próximo líder da nação.
Este é o segundo estabelecimento que denuncia ter sofrido tentativa de intimidação por motivação política na capital federal. O Mimo Bar, na 205 Norte, afirmou que dois homens atiraram contra a fachada do local, na madrugada de domingo (27/11).
Tanto o café Objeto Encontrado quanto o Mimo Bar são estabelecimentos conhecidos por receberem simpatizantes de esquerda e público LGBTQIAP+.
A cafeteria tem, em sua decoração, adereços políticos característicos da esquerda, como camisetas do MST e adesivo escrito “Fora, Bolsonaro”.
Sócio do Objeto Encontrado, Lucas Hamu disse à coluna Grande Angular que vândalos urinaram na fachada, além de espalharem fezes na porta do estabelecimento e até no carro de uma funcionária.
Uma câmera de segurança instalada do lado de fora do estabelecimento mostra o momento em que um homem passeia com um cachorro se aproxima da fachada do café. Ele se aproxima da porta do Objeto Encontrado, olha para os lados e urina. O registro foi feito às 2h29 de domingo (27/11). O rapaz veste camiseta rosa, bermuda xadrez e tênis azul. VEJA
“Desde o primeiro dia após segundo turno temos sofridos ataques de vandalismo na Objeto, por motivação política. Passaram cocô alguns dias nos espaços da Objeto, nos símbolos políticos e até num carro de uma funcionária. Colocamos câmera de segurança e, por um tempo, pararam os ataques. No domingo (27/11), mais uma vez, uma cara foi lá mijar [sic] bem na porta do estabelecimento, além de ter quebrado uma vaso de planta”, contou Lucas Hamu.
O sócio registrou boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), na segunda-feira (28/11), e programa um evento de repúdio aos ataques para o próximo sábado (2/12).
“Não nos intimidaremos, pois temos poder de mobilização e reação. Vamos convidar algumas lideranças políticas, de movimentos sociais e parlamentares para discutir um pouco dessa escalada no golpismos e na violência”, disse Lucas Hamu.
