O taxista que viralizou nas redes sociais durante a pandemia da Covid-19 ao recolocar cruzes que haviam sido derrubadas na praia de Copacabana e se tornou uma espécie de símbolo na luta contra a doença foi sepultado na última terça-feira (4) no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, área nobre da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

 

Márcio Antônio Nascimento Silva tinha 58 anos e estava internado com problemas cardíacos e não resistiu. Ele foi um dos convidados para depor na CPI da Covid-19, no Senado Federal. Logo no começo da pandemia, o taxista perdeu o filho, Hugo Dutra do Nascimento, em decorrência de complicações do coronavírus. Hugo era um jovem saudável, que não pertencia a nenhum grupo de risco.

 

Dois meses depois, a ONG Rio de Paz decidiu fazer um protesto nas areias da praia de Copacabana e abriu 100 covas com cruzes para homenagear as vítimas e pedir ações dos governos contra a pandemia. Na época o país tinha aproximadamente 100 mil mortes.

 

Durante o ato, um homem começou a derrubar as cruzes. O taxista ficou indignado e fincou novamente as cruzes do protesto.

 


 

Márcio Antônio Nascimento Silva recoloca cruzes postadas na praia de Copacabana como protesto pelas vítimas de Covid-19