A mulher que alegou ter achado uma bebê dentro de um saco de lixo em um lote baldio de Itapuranga, na região central de Goiás, é a mãe da criança, segundo a Polícia Civil. A delegada Giovana Piloto explicou que ela havia dado à luz sozinha durante a madrugada desta quinta-feira (8) e abandonado a filha. Depois do resgate, a mulher passou mal e foi até o hospital, local onde foi descoberta toda a dinâmica do caso.

"Ela escondeu a criança, mas fez de conta que não era dela, simulando ter encontrado a criança", explicou a delegada.

A mãe e a criança estão internadas no Hospital de Itapuranga e, segundo a instituição, passam bem. O hospital ainda informou que a mulher deve receber alta até esta sexta-feira (9), mas que a menina ainda não tem previsão de ser liberada.

A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados na madrugada de quinta-feira (8), por volta das 6h, por uma moradora que disse ter encontrado a menina dentro de um saco de lixo e em cima de galhos de árvores.

À polícia, a mulher relatou que teria ouvido um choro durante a madrugada, mas achou inicialmente que fosse um miado de gato. Conforme o choro se intensificava, a mulher ficou preocupada e saiu de casa para ver o que era. O conselheiro José Reis contou que um médico do hospital municipal identificou que o cordão umbilical foi arrebentado pelas mãos da mãe, conforme o diagnóstico clínico do momento.

A delegada explicou que, apesar da desconfiança, nenhum dos familiares da mulher sabia sobre a gravidez.

"As pessoas da família disseram que desconfiavam, mas ela negava estar grávida. Não aceitava. Ninguém percebeu que ela tinha tido a criança", pontuou.
A Polícia Civil ainda explicou que, no hospital, a mulher só admitiu ser mãe da criança depois de bastante tempo de conversa com a psicóloga da instituição.

"Ela procurou atendimento por estar passando mal e, pelos sintomas, ela se tornou uma das suspeitas de ser a mãe. Chamaram a psicóloga e depois de muita conversa ela admitiu, mas antes negou o tempo inteiro", detalhou a delegada.

Segundo a Giovana, o Conselho Tutelar deixou a avó da menina como responsável e que a Justiça de Goiás posteriormente irá decidir com quem a criança irá ficar. No entanto, que a família da criança demonstrou interesse em ficar com ela.

A delegada ainda ressalta que a mãe da criança deve responder por abandono de recém-nascido.