Não é novidade que, em tempos de rotinas aceleradas e multifuncionais, a ansiedade tem sido considerada o “mal do século”. A incidência do transtorno tem sido tão grande que tem afetado, inclusive, as vidas sexuais das pessoas.

De acordo com o Censo do Sexo, realizado pela marca de bem-estar sexual Panty Nova, 87% dos brasileiros afirmam já terem sentido ansiedade ou pressão sexual. Dentre eles, 53% declarou se sentir ansioso(a) para fazer a parceria gozar; 39% para manter a excitação o tempo todo; e 36% para gozar mais rápido.

Apesar do sexo ser um dos pilares para uma vida mais saudável física e mentalmente, pessoas relacionarem a prática a sentimentos ruins tem sido mais comum do que se imagina. A condição tem nome: ansiedade sexual.

De acordo com o psicólogo e sexólogo André Almeida em entrevista ao Metrópoles, os anssiosexuais — ou ansiosos sexuais — desenvolvem sentimento de ansiedade, luta ou fuga por conta do medo de falhar ou da repetição de alguma situação traumática.

“Além de prejudicar o próprio convívio social, em médio e longo prazo esse quadro pode se agravar e ser mais frequente, desencadeando questões como disfunção erétil, ejaculação precoce, vaginismo, anorgasmia, entre outras coisas”, explica.

Tratamento

A boa notícia é que, além de ter tratamento, a ansiedade de desempenho também tem cura. O primeiro passo é identificar o que levou a pessoa a desenvolver o problema e associá-lo ao sexo.

O sexólogo explica que os desencadeadores podem ser de raiz orgânica ou psicológica. “Nos casos de raiz orgânica, indica-se procurar um médico. Mas, geralmente, a raiz é psicológica. [Nessa caso] É melhor ir a um psicoterapeuta focado em sexualidade”, diz.