Quem utiliza qualquer coisa relacionada a arco-íris segue com dificuldade para entrar nos estádios da Copa do Mundo do Catar, inclusive profissionais de imprensa. De acordo com a jornalista inglesa Natalie Pirks, da BBC, o cinegrafista da equipe foi barrado no Al Bayt, em Al Khor, por estar com uma pulseira e um visor de relógio com as cores do arco-íris.

"Chegamos ao jogo da Inglaterra (contra os Estados Unidos) e meu cinegrafista, usando a pulseira arco-íris que seu filho deu, foi parado pela segurança e impedido de entrar. Claramente a mensagem da Fifa ainda não está sendo transmitida", escreveu Natalie Pirks nas redes sociais.

Segundo ela, o cinegrafista e toda a equipe só foram liberados após entrarem em contato com um canal específico de resolução de problemas, disponibilizado para os envolvidos na Copa do Mundo.

Não foi a primeira vez

Esse é o terceiro caso envolvendo profissionais da imprensa que tiveram problemas com seguranças devido ao combate do Catar contra a bandeira arco-íris, que representa a comunidade LGBTQIAP+, reprimida no país.

O jornalista americano Grant Wahl foi barrado por seguranças na entrada do estádio Ahmed bin Ali, no Catar, por estar com uma camisa com arco-íris. Segundo ele, ficou detido por cerca de 25 minutos e também conseguiu entrar após intervenção de oficiais superiores.

Já o jornalista brasileiro Victor Pereira sofreu com uma ação mais dura nos arredores do Estádio Lusail, ao tentar gravar uma abordagem contra voluntárias de seguranças do Catar, que confundiram a bandeira de Pernambuco com uma com arco-íris. Ele relatou que foi obrigado a apagar as imagens.