O anúncio da alta do diesel na noite dessa quarta-feira (17) foi mais um revés sofrido pelos caminhoneiros nesta semana. Depois do pacote de medidas que frustrou a categoria, a decisão da Petrobrás de elevar em R$ 0,10 o litro do diesel deixou os motoristas divididos.

 

A ala mais radical já se articula para uma paralisação nos próximos dez dias. Mas também há a turma do "deixa disso" e que prefere esperar mais.

 

 

O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, diz que não tem outra alternativa a não ser decretar uma greve. "O governo pagou para ver. Agora só estamos vendo a data, mas será em menos de dez dias." Ele destaca que a conta não fecha já que o preço do frete continua igual e os custos, subindo. Para quem gasta 10 mil litros de diesel, o aumento dessa quarta representa R$ 1 mil no bolso do caminhoneiro, como é o caso de Dedeco.

 

"O governo insiste em tratar do setor com quem não tem caminhão", critica Dedeco, uma das lideranças nacionais.

 

Em mensagem enviada ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o caminhoneiro Josué Rodrigues, um dos líderes na Região Norte, também ameaça nova greve para o mês que vem caso o preço não seja congelado e o tabelamento do frete não seja respeitado.

 

"Se não fizer valer o piso mínimo do frete, nós vamos parar, não tem jeito. Se não agir antes do dia 21 de maio vai ter uma paralisação sangrenta, pode ter certeza."