Menos diálogo e mais truculência 

O pré-candidato Renato Casagrande (PSB) empunhou a bandeira do “diálogo” para as eleições deste ano como marca da diferença entre ele e o governador Paulo Hartung (MDB), seu adversário. Hoje, é fácil se mostrar diplomático sem o compromisso de fazer.

O socialista aposta na mítica “memória curta” do brasileiro sobre fatos relevantes. Quando aponta o dedo sobre a falta de diálogo com a Polícia Militar, em fevereiro de 2017, aposta no esquecimento dos capixabas sobre seu destempero em 2013.

No segundo ano do governo socialista, não habituado aos movimentos sociais, multidões foram às ruas para protestar no Brasil sobre insatisfação em geral com os gestores públicos e parte dela protestar contra o pedágio da Terceira Ponte.

O “galego” não fez por menos, sem diálogo, fez tinir a borracha no lombo dos estudantes que chegaram ao extremo de invadir o Palácio Anchieta, numa imagem do desarranjo da então gestão. Paralelamente, a classe da Saúde em greve e policiais civis em câmara lenta pela falta de diálogo do então governador socialista.

Melhor tentar outro acórdão. Quando a pimenta entrou no olho, o bambu zuniu. Tentar credenciar-se como político “bonzinho” não configura o verdadeiro perfil do pré-postulando que vai entre frouxidão no comando e a política exclusivista que só faz com o PSB, pelo PSB e para o PSB.