Depois de desistir de disputar as eleições no dia 9 de julho, o maior grupo político liderado pelo governador Paulo Hartung (MDB) foi capturado pelos adversários e fatiado em várias partes, com alguns, ainda, agonizando sem rumo.

O governador até acenou que poderia voltar, entretanto, percebeu que era tarde demais. A traição e o desânimo de muitos aliados eram evidentes. Nem documentos assinados por três vezes para demonstrar união funcionaram. Em política não vale assinatura nem mesmo reconhecida  em cartório.

No "esquartejamento", uma parte do corpo ficou com a candidatura favorita ao Governo do ES, Renato Casagrande (PSB), como PSDB, do vice-governador e do senador Ricardo Ferraço; o DEM tomado pelo Theodorico Ferraço; o PDT do deputado Sérgio Vidigal; e outros menores.

A candidata Rose de Freitas, até o momento, ficou com o MDB do deputado federal Lelo Coimbra; e o PSD do ex-prefeito Neucimar Fraga. E o PRB, do deputado estadual Amaro Neto, foi se abrigar com o PSL e PR de Jair Bolsonaro e do senador Magno Malta.

Se fosse na editoria de polícia, a narrativa seria que houve um extermínio do grupo de Hartung com requintes de crueldade.

A trama lembra muito "Outono de Um Patriarca", de Gabriel Garcia Marques.