Na reta final da costura de alianças para disputar o Planalto, o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, desistiu do acordo com o PR e abriu caminho para que seu principal adversário hoje, Ciro Gomes (PDT), iniciasse uma ofensiva pelo partido. 

Líder nas pesquisas sem o ex-presidente Lula (PT), com cerca de 20% das intenções de voto, Bolsonaro abriu mão do principal ativo do PR, 45 segundos de tempo de TV, e agora segue com oito segundos, para fazer campanha e tentar se defender dos ataques de seus adversários durante o horário eleitoral.

O capitão reformado tentava atrair o senador Magno Malta (PR-ES) para a vaga de vice de sua chapa, com o objetivo de aumentar sua interlocução com os evangélicos -Malta é ligado a esse nicho do eleitorado, com boa aceitação ao nome de Bolsonaro.

Na semana passada, porém, o senador anunciou que tentaria só sua reeleição e o acordo começou a naufragar. Nesta quarta (18), Bolsonaro vai anunciar como vice o general Augusto Heleno (PRP), o que agregará mais quatro segundo de TV ao pré-candidato.

Será uma chapa formada exclusivamente por militares a se lançar na sucessão presidencial. 

"Quero um cara com responsabilidade do meu lado. Chega desses bananas aí que compõem para ganhar tempo de TV, mais nada além disso, e continuar metendo a mão, roubando o nosso Brasil", disse Bolsonaro nesta terça (17) em evento em São Paulo. 

Heleno foi o primeiro comandante da missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti, de 2004 a 2005, e atuou na Amazônia.