O termo é pouco conhecido, mas, na verdade, deveria ser mais explorado, conforme destaca o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato. A condição possui implicações sérias à vida – não apenas da pessoa que é acometida pelo distúrbio, como também, daquelas que convivem com ela.

Também conhecido como sexsomnia, o sexonambulismo é uma forma de sonambulismo. “É caracterizado pelo desejo de ter relações sexuais e se masturbar durante o sono. Acomete aproximadamente 7% da população mundial, ou seja, não é tão raro e incomum”, acrescenta Rosostolato.

De acordo com o psicólogo, a doença prevalece mais em homens que em mulheres, ele também explica que o sexonambulismo é polêmico, porque houveram muitos casos de homens que tiveram relações sexuais com outras pessoas, sem o consentimento delas, o que configura estupro, e alegaram não lembrar de nada.

“Esta questão da relação sexual concretizada através da alegação do sexonambulismo fez com que a área do Direito e Criminal tivesse que estudar o assunto com profundidade para poder culpar ou inocentar os casos já acontecidos”, acrescenta o psicólogo.

Características do sexonambulismo

Masturbação
Carícias
Sexo oral
Relações sexuais que podem atingir o clímax (orgasmo)
Agressão sexual/estupro

Existe tratamento para o sexonambulismo?

Breno Rosostolato destaca que o distúrbio não tem cura. Mas, a primeira coisa a se fazer é procurar ajuda médica para os distúrbios do sono, pois uma pessoa com sexsomnia pode experimentar muitas emoções negativas, incluindo:

Frustração
Raiva
Confusão
Negação
Medo
Repulsão
Culpa
Vergonha

Rosostolato explica ainda que existem indicações de tratamentos medicamentosos, como antidepressivos, para pessoas que sofrem deste distúrbio.